Nelson Vinencci é músico e compositor da Amazônia e editor do Blog Taioso. Escreve semanalmente a Coluna Oriximiná no Jornal O Impacto. Artigo publicado na edição de O Impacto de 29/06/2011 |
Há muita especulação barata sobre os novos estados que serão eleitos ou não pelo plebiscito do dia 11 de dezembro. Também não há nada de tão importante que não possamos desatar esses nós, tudo está bem simples e de fácil entendimento.
Os da parte do ‘NÃO’ usam a estratégia do medo, e repetem intensivamente que todos vão ficar mais pobres, dividindo o Pará em três, vai ser uma desgraceira, pois vão ser três pobres, estados sem perspectivas nenhuma.
Ora, para essa turma mentirosa o Pará é pobre, apesar de ter a maior mina de ferro do mundo, um dos maiores rebanhos de gado do Brasil, bauxita em abundância, um mercado pesqueiro que está entre os maiores do Brasil, madeira a banda de lata, a agropecuária competitiva e um bem preciosíssimo que ainda nem foi explorado, a biodiversidade, ou seja, a mata e seus elementos.
A verdade é que a pobreza dessa gente que prega essas bobagens está na intenção maliciosa de manter a desigualdade, pois sem dúvida o interesse maior é permanecer como está, por que está bom para três ou quatro espertalhões, ou uma dúzia de gurijubas zolhudas, papas-açaí do toba roxo que querem manter nosso povo refém da incompetência deles.
Claro que se o Pará fosse bom para nós, se não despendêssemos de ter que viajar para Belém, atrás de recursos para nossa saúde, se tudo fosse resolvido por Santarém, não era tão emergente a necessidade de nos separarmos dos pávulos de Belém.
Vejamos o absurdo da Cosanpa, que uma peça das sucateadas bombas d’água, quando quebra, passa meses para vir da capital, pois lá tudo é difícil, os tramites da burocracia humilhante trata nossa região com desprezo, sem respeito nenhum ao nosso povo, para eles, as famílias do oeste do Pará sem água para beber, não significa nada. Leia mais...
Outra queixa que ouço muito, é sobre a postura dos nossos políticos, que se vendem por qualquer mixaria, pois quando se elegem, trocam suas dignidades por cargos com o Governador, vivem no pé dos secretários de governo atrás de empregos para parentes e aderentes, que chega ao ponto de ficarem tão amarrados que se os de Belém passarem a mão na bunda deles eles não fazem nada, pois se não afundam num mar de desgraça.Olha essa situação sem dúvida nenhuma é nacional, se dá em todas as instâncias da vida política do país, o remédio para essa esculhambação é o voto meu filho, basta não votar mais na praga do político que se vende por merreca.
A turma do ‘NÃO’ está até certa quando diz que o culpado dessa situação chegar a este ponto, foi por causa da traição dos políticos que elegemos, que quando chegam na capital, tomam aquele açaí grosso de Belém, caranguejo e a pavulagem do poder faz com que eles esqueçam suas bases, ou seja, nós que votamos neles.
Passam a se comportarem como escudos dos governos de Belém que usam esses pobres mixurucas que nem os urubus do Ver-o-peso, na base da carniça, cada emprego, cada favor, é uma carniça jogada para os afoitos de olhos esbugalhados querendo se dar bem.
Eu penso o seguinte: não estamos criando um estado de anjos, tem de tudo, inclusive espertalhões e aproveitadores, o mundo capitalista é assim mesmo, se estabelece o mais articulado, o mais esperto, nem sempre o mais preparado, ainda assim, acredito no bem maior, na intenção que abrange um consenso maior.
Para mim existe sim uma grande vontade de todos nós, mesmo as pragas parasitas da política, querem também mudar esta parte da Amazônia e transformar nossas cidades em espaços mais saudáveis, nosso povo mais educado, mais assistido e mais conscientes de seus deveres, pois onde vive a família desses famigerados? Aqui ora essa!
De certo é que o Estado do Tapajós vem trazendo para cada um de nós que vislumbramos sua criação, responsabilidades diversas, compromissos com nossos sonhos, devemos nos conscientizar que passa por todos, principalmente pelo ambiente acadêmico que deve formar os que vão governar o futuro estado.
É importante e necessário que se discuta em todos os ambientes sobre esse momento que passamos agora, em casa, nos bares, escolas, campos e cidades, igrejas, todos devem opinar de alguma maneira e expor suas opiniões.
Tudo isso para que estejamos firmes dentro do nosso propósito que é criarmos o que interessa para todos e não cair em desgraça e copiar os vícios do velho Pará, pois o que queremos é um novo modelo de desenvolvimento, mais justo, que contemple a todos nós.
Fonte: taioso.blogspot.com
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