domingo, 13 de dezembro de 2009

Deputado Lira Maia na tribuna defendendo a criação do Estado do Tapajós


O SR. LIRA MAIA (DEM-PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez venho à tribuna para falar e comentar a respeito do sonho da população do sul, sudeste e oeste do Pará. Refiro-me às persistentes articulações que temos feito no sentido de conseguirmos desta Casa autorização para que a população do Estado, por meio de plebiscito, possa decidir se quer ou não criar os Estados do Carajás e do Tapajós. Tivemos avanços com relação à matéria. O projeto de decreto legislativo que trata do Estado de Tapajós, que está na Câmara dos Deputados há 9 anos, já aguarda para entrar na pauta de votação. O PDC sobre o Estado de Carajás também foi votado pelo Senado na semana passada. Portanto, os 2 projetos de decretos legislativos, que não tiveram nenhum problema no Senado, aguardam que a Câmara dos Deputados possa dar àqueles brasileiros a oportunidade de decidir. Precisamos apenas da autorização plebiscitária. Na sessão extraordinária de hoje, à 0h30min, numa verdadeira demonstração de democracia, o Presidente da Casa trouxe os requerimentos de urgência relativos aos PDCs, que foram protocolados nesta semana. Infelizmente, por ser objeto de acordo, um dos Líderes não permitiu que a matéria entrasse na pauta, mas já nos garantiu que a olharia com carinho. Quem sabe, na próxima semana, poderemos realizar esse sonho do povo do sudeste, do sul e do oeste do Pará? Dirijo-me especificamente ao povo do Tapajós, que fica a oeste do Pará. Deputado Domingos Dutra, há mais de 150 anos, aquela região alimenta a expectativa da emancipação. No tempo do Brasil Império, Deputado Eleuses Paiva, quando foram feitos os estudos para a divisão territorial da Amazônia, já se sugeria a criação da Província do Tapajós. A matéria tem sido discutido ao longo de todo esse tempo, até que chegou à Casa por ocasião da Constituição de 88, quando os Parlamentares criaram o Estado do Tocantins, que hoje éexemplo nacional. Tanto o Estado do Tocantins, com relação a Goiás, quanto o Estado de Mato Grosso do Sul, com relação a Mato Grosso, são hoje desenvolvidos. Então, imagino como estariam hoje essas regiões se tais Estado não tivessem sido criados. Portanto, em 1988, Tapajós já entrava na pauta de discussão do Parlamento, mas, por causa de 1 voto numa Comissão, deixou de ser aprovado. Mesmo assim — e é bom que se conheça a matéria — , a Constituição de 88, no art. 12 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, estabeleceu a criação de uma Comissão de Estudos Territoriais para estudar o assunto.. Pasmem, Srs. Deputados: a Comissão foi instalada e, depois de feitos os estudos, sugeriu, em seu relatório, que de fato fosse criado — porque é viável — o Estado do Tapajós. Tapajós está a oeste do Pará. Eu sou de Santarém, cidade que está a 1 hora de vôo da Capital, Belém. O Estado tem 1.247.000 quilômetros quadrados, portanto, é humanamente impossível para um governante, Deputado Domingos Dutra, fazer um trabalho a contento, com o tamanho que tem o Pará. Estamos propondo a criação do Estado de Tapajós, que praticamente representa a metade da área do Pará e tem acima de 1 milhão e 300 mil habitantes. A região reclama falta de assistência, que é histórica. Não estou falando do atual Governo do Pará, que é do PT, mas dos governos ao longo do tempo, que têm deixado Tapajós realmente em situação de abandono e de dificuldade. É lógico que fazem seus esforços, mas não conseguem uma gestão próxima da população. Queremos encurtar as distâncias, diminuir as áreas e dar maior governabilidade. Defendo a divisão territorial da Amazônia e um reestudo do País não por questão qualquer, seja política ou ideológica. Defendo a redivisão territorial como estratégia política de desenvolvimento do Brasil. Mostrem-me qual Estado que foi criado ou desmembrado que está pior do que era. Mostrem-me um município sequer que foi criado e emancipado que esteja pior do que era. Portanto, a estratégia de redivisão territorial é interessante. Por isso, chamo atenção da Câmara dos Deputados para essa questão. Nós, que temos todos os estudos preparados e uma história a contar, precisamos de apoio da Casa e, sobretudo, da compreensão e do apoio dos Líderes, para que essa matéria possa entrar em pauta. Não queremos ouvir apenas a região dos futuros Estados do Tapajós e do Carajás, mas que todo o Pará diga se quer ou não que haja divisão territorial. Talvez quem mora em Estados menores, do Sul, do Nordeste, não sinta essa necessidade. Mas, para V.Exas. terem uma ideia, na região de Tapajós, temos o maior Município do mundo, Altamira. A Prefeita, para ir de bimotor a um distrito do Município, chamado Castelo dos Sonhos, gasta 2 horas e 20 minutos. É esse o tempo de vôo, Deputado Eleuses Paiva, parase chegar à comunidade dentro da própria Altamira. Se a Prefeita quiser ir de carro, são mais de mil quilômetros de estrada de chão. É mais do que 1 dia de viagem para se ir de uma ponta a outra do Município. Então, é preciso que haja essa compreensão. E não se trata apenas dos Estados, pois também tramita na Casa matéria sobre a criação de novos municípios, que é uma necessidade sobretudo na Amazônia. Até recentemente, a divisão territorial da Amazônia era vista como estratégia de segurança e de soberania nacional. Com ela, os governos ficarão, com certeza, muito mais próximos e em condições de administrar e desenvolver a região com muito menos dificuldades do que hoje. Imaginem, Sr. Presidente, colegas Parlamentares, Deputado Domingos Dutra, toda a Amazônia tem apenas 57 Deputados Federais, enquanto o Estado de São Paulo possui 70. A Amazônia representa 60% do território nacional, com 25 milhões de brasileiros. Não bastassem todas as dificuldades de sobrevivência da região, é preciso que a população do País, sobretudo dos Estados mais fortes e centros mais desenvolvidos, entenda que não estamos olhando a divisão territorial e a criação do Estado de Tapajós apenas pela ótica da ampliação do poder político. Temos necessidade de levar desenvolvimento e oportunidade para os brasileiros que lá moram, para que eles sejam tratados e incluídos na gestão política do País com mais dignidade. Quando, em qualquer momento, inclusive nas Comissões, falo da Amazônia e do seu desenvolvimento, lembro que lá existem pessoas que precisam viver com dignidade. Hoje o Presidente da República assinou novo decreto que prorroga o prazo para averbação da reserva legal. Por incrível que pareça, no dia posterior à publicação do decreto anterior, publicou-se outra versão que excluía a Amazônia dos benefícios que possuía. Vence amanhã esse decreto, mas tenho informação de que hoje foi assinado um novo, prorrogando por 3 anos o período. Ainda não sei se a Amazônia foi excluída. É preciso que os produtores rurais e órgãos governamentais tenham consciência: o povo da Amazônia também precisa trabalhar e viver com dignidade. Muito se fala em preservação ambiental. Todos temos a responsabilidade de preservar o País. Na Conferência de Copenhague, que fala do assunto, estão cobrando apenas do Brasil a preservação do Amazônia. Lá existem pessoas que precisam de desenvolvimento, no entanto, não é necessário derrubar mais nenhuma árvore na Amazônia para que ela se desenvolva. Da tribuna dá Câmara dos Deputados, faço a solicitação a todos os Deputados: dêem essa oportunidade ao povo do Pará, do Tapajós e do Carajás, que tanto reivindicam a divisão territorial. É lógico que há também aqueles que argumentam que vai aumentar as despesas. Essas despesas são infinitamente menores do que o desenvolvimento que teremos. Quanto a nossa responsabilidade para com a preservação ambiental, faremos, com certeza, o nosso dever de casa. Não precisamos, como eu disse, destruir a amazônia para preservá-la. Nós temos a obrigação de manter uma amazônia saudável, com os filhos saudáveis. Se Deus quiser, na próxima semana, nós traremos essa matéria àpauta e seremos os grandes vencedores. Quem vai ganhar é o Brasil que vai ter mais unidade da Federação capaz de se desenvolver. Muito obrigado, Sr. Presidente. Obrigado, Srs. Deputados. O SR. PRESIDENTE (Eleuses Paiva) - Cumprimento o Deputado Lira Maia pelo seu pronunciamento. S.Exa. é um exemplo de Parlamentar que muito dignifica o Democratas. Eu não tenho dúvida, Deputado Lira Maia, que V.Exa. haverá de sensibilizar esta Casa na votação do Estado do Tapajós.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Divisão do Pará - Parsifal Pontes


divi

Sempre que o projeto de emancipação do Sul do Pará dá um passo, retornam os mesmos discursos, com os mesmos tons, de onde se lêem os mesmos juízos.

Os que são contra, na falta de perspicácia para qualificar o debate pelo objeto, partem para cima do sujeito: políticos interesseiros, que manipulam massas ingênuas vendendo a ilusão de dias melhores no pior dos mundos, são os que advogam a divisão.

Os que são a favor, acham que, de fato, vivem no pior dos mundos e que precisam se emancipar, fazendo disto o purgatório do relento a que se julgam condenados pela imensidão do território paraense, e pela pouca habilidade geopolítica historicamente aplicada a este território.

Como isto virou a crônica da repetição, não posso deixar de me repetir, ao rogar que não deve ser este o núcleo do debate.

Quando colocamos o sujeito no lugar do objeto, temos a semântica do ódio e do ressentimento a abaçanar o conteúdo.

Se insistirmos na lógica reducionista de que a divisão do Pará não passa de contenda entre os bons, os maus, os feios e os bonitos, a coisa vai se resumir a uma reles campanha eleitoral de baixo nível, como, aliás, têm sido feitas as campanhas aqui e alhures, inclusive nas academias.

Eu tenho certeza de que podemos fazer melhor do que bater boca em cima de tamboretes.

www.parsifal.org



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aprovado pelo Senado, plebiscito para criação do Estado de Carajás


Carajás está caminhando. Quando chegará nossa hora?



Senado Federal aprova o plebiscito do Estado do Carajás
Publicado por Val-André Mutran as Terça-feira, Dezembro 01, 2009


O Plenário do Senado Federal acaba de aprovar o Projeto de Decreto Legislativo N.o 52/2007 de autoria do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) por unanimidade que autoriza a realização plebiscito que consultará a população paraense se quer ou não a criação do Estado do Carajás a partir do desmembramento de 39 municípios localizados no sul e sudeste daquele estado.

"É um dia histórico para a nossa causa", exultou o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) autor do projeto que tramita na Câmara dos Deputados.

sábado, 7 de novembro de 2009

Carlos Martins - Mais um em cima do muro

Deu no blog do Jeso:

O deputado estadual Carlos Martins (PT – foto) anda com dificuldades enormes de se declarar, de modo explícito, sem rodeios, em favor da criação do Estado do Tapajós.

Imita, deste modo, o vice-governador Odair Corrêa (PDT).

Veja como o médico petista santareno se manifesta, em entrevista ao blog da companheira Edilza Fontes, sobre a emancipação tapajônica:

- A criação de novos estados é um debate que será decidido no âmbito de uma discussão nacional, já que são vários os possíveis novos estados. Um aspecto que ocasiona esse sentimento de criação foi a ausência de um governo que administrasse o Pará de forma regionalizada, com aplicação de políticas públicas efetivas.

A criação do Estado do Tapajós é a principal proposta de desenvolvimento da região Oeste do Pará, pois irá direcionar mais investimentos.

Porém, esta questão depende do Congresso Nacional, que é onde está tramitando o Projeto de Lei que estabelece a realização de um plebiscito no Estado do Pará. Como esta decisão não depende apenas das forças políticas estaduais, apoio a proposta do atual Governo, de integração regional e ampliação dos investimentos regionais e da descentralização político-administrativa do Estado, pois desta forma haverá mais autonomia e recursos para as diferentes regiões do Pará.

Diz, ainda Jeso:
Há tergiversação da parte do deputado Carlos Martins. Ou se é ou não favorável a uma luta. Neste caso específico, o da luta pela criação do Estado do Tapajós, precisamos é de exército, de gente, de multidão, de corações e mentes que, sob os holofotes ou à sombra, se digam favoráveis à causa. Para que o Congresso Nacional nos ouça, perceba que somos uma multidão que empunha uma bandeira secular.

Ao se manifestar de maneira reticente, titubeante, diria até, tucana, Carlos Martins enfraquece a luta, desmotiva os indecisos, provoca baixas entre nós. Assim agindo, nunca cultivaremos as condições favoráveis para a implantação do novo estado.

Entendo que, Tiberio, “demagogia” é na oposição sustentar um discurso e, no governo, à direita do(a) governador(a), enrolar, fazer rodeios, para não melindrar o nº 1 de plantão. O nobre deputado santareno, um dos melhores quadros que o PT no Pará já produziu nos últimos anos, infelizmente, ao meu ver, pisa na bola ao apostar neste discurso “enrolation”.

Concordo plenamente com as colocações do Jeso. Ou é a favor ou é contra. Não dá pr'a ficar em cima do muro.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

É sempre assim - Postado por Jeso Carneiro, em 10/09/2009

Nº 1 do PV no Pará, o camaleônico Zé Carlos já admite se engajar na luta pela criação de novos estados no Pará, pelo “viés da defesa de mais recursos para região”.

Faz a declaração cerca de 1 ano antes da eleição de 2010.

E repete um mantra que costuma abrir as portas em muitos redutos eleitorais no oeste paraense.


Comentários


Nelson Vinencci comentou:

Jeso, tenho uma idéia que pode ser algo meio maluco, mas penso que pode dar certo. O movimento organizado do Estado do Tapajós deveria já, começar uma campanha para escolher um ou diversos representante(s) para lançar assumidamente como “candidato(s)” do Estado do Tapajós.

Tratar esse apoio em um documento aberto bem elaborado e identificar esse candidato, como um candidato do movimento pró estado – de início devemos convidar todos os partidos a influenciarem seus candidatos a receberem, digamos assim, um selo do Estado do Tapajós.

Os que não aceitarem, o movimento deveria alertar o eleitorado com uma campanha esclarecendo ao nosso eleitor que o tal candidato é contrário ao movimento, acho que assim acabava a pirataria desses espertinhos que só levantam a bandeira quando chega próximo a eleição.

Claro que todos vão querer esse selo, legal, só que o candidato vai ter que fazer um discurso afirmando isso no programa eleitoral – só recebe o selo se mostrar a cara na TV de preferência em Belém.

Já imagino inclusive um clip com os candidatos TAPAJÔNICOS, saindo na TV no horário político. O que tu achas?

Nelson Vinencci

---------

  1. Jeso Carneiro comentou:

    Nelson, acho que toda ideia no sentido de inibir a ação dos, como definiste, “espertinhos” deve ser materializada. Contudo, os candidatos a qualquer cargo público – e favoráveis à idéia da redivisão territorial do Pará -, para ostentar tal selo também deveriam assinar um documento a ser reconhecido em cartório, como prova documental. Essa ideia do selo, Nelson, tem muito a ver com a estratégia defendida pelo jornalista Manuel Dutra sobre a criação do estado do Tapajós: quanto mais barulho, quanto mais ações espetaculares e pirotecnias no tocante à luta, melhor. Importante é manter a causa sempre na mídia, algo como faz o MST em relação à reforma agrária.

    10/9/2009
  2. Jota Ninos comentou:

    Jeso,

    Concordo com sua nota em parte, entretanto, à guisa de recordação e para que não se cometa injustiça, o Zé Carlos Lima quando foi deputado estadual (pelo PT), tornou-se um dos ferrenhos defensores de nossa causa, inclusive presidindo uma Comissão Especial da ALEPA, que à época realizou audiência até em Santarém. Eu diria até que Zé Carlos foi mais militante da causa do que outros petistas da região que se omitiram em ocasiões históricas sobre a criação do estado.

    Não tenho procuração para defender Zé Carlos Lima, nem tenho nem um tipo de contato com ele. Apenas registro esse episódio que deve ser lembrado por alguns políticos que estiveram ao lado dele quando enfrentou as elites de Belém, ao defender nosso direito de SEPARAR, eu disse SEPARAR (para acabar com a hipocrisia de quem tenta usar outra palavra) Santarém do resto do Pará.

    Que o diga os então deputados santarenos Nivaldo Pereira, Antonio Rocha e Lira Maia que estiveram ao lado do petista empunhando esta bandeira entre 1995/1998 na ALEPA. Qualquer apoio de fora do nosso circuito deve ser bem-vindo, desde que não seja apenas oportunista.

  3. Jeso Carneiro comentou:

    Ninos, então ele mudou de ideia quando deixou o PT. Pois na própria nota dele, no blog, ele diz, textualmente: “… nunca concordei com o argumento de que a divisão resolverá os problemas do povo pobre e abandonado das regiões longínquas do Estado”. Ou seja, Zé Carlos é uma metamorfose ambulante no tocante à criação de novos estados no Pará

  4. José Carlos Lima comentou:

    Caro Jeso
    Alertado por um amigo sobre esta sua nota, venho aqui esclarecer primeiro que o Jota Ninos tem razão, alias quero agradecer pela suas palavras respeitosas, quando deputado, fui o autor do Requerimento para que o Estado discutisse seriamente a pretensão das regiões de se transformarem em novos estados. Debati o assunto e ouvi cada um dos argumentos que depois foram transformados num relatório entregue a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa e enviado aos interessados. Na época tinha dúvidas, sim, sobre a validade da criação dos novos estados, como forma de resolver os graves problemas que enfrentamos, com por exemplo a falta de recursos para investimentos em obras de infra-estrutura e na inversão da nossa missão natural de Estado fornecedor de matéria prima semi-elaborada para o resto do país ou contribuidor para saldo da balança comercial brasileira, sem contudo receber recursos federal em retribuição.
    Temia que apostar na divisão do Pará, sem um perspectiva, clara fosse onerar ainda mais o nosso povo sofrido com um custo adicional de mais duas máquinas públicas. Ou que isso fosse apenas o desejo oculto de alguns poucos líderes em ter a chance de disputar cargos públicos antes inatingíveis.
    Hoje, refletindo sobre o tema, passei a considerá-lo sob a ótica de ser capaz de aumentar a representação parlamentar, sobretudo no Senado Federal, dos estados da Amazônia, permitindo, por este mecanismo, alcançarmos mais recursos federais ou outras legislações amigáveis com o nosso povo. Afinal de contas, com dois novos estados, teremos mais seis senadores e alguns deputados federais a mais. Hoje só a bancada de deputados federais de Minas Gerais é a maior que a soma de todos os representantes da Amazônia.
    Finalmente quero deixar claro que não pretendo fazer disso uma bandeira eleitoral, pois, quem me conhece sabe que mudei de cor, passei de vermelho para verde por pura compromisso com minha consciência e não para enganar os incautos como o termo camaleônico parece sugerir.

    30/9/2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Estado do Tapajós - Deu no blog do Ércio Bemerguy

Que pena! Os supostos líderes do Movimento Pró-Estado do Tapajós estão brigando, não se entendem, e, o resultado é este: o projeto para que seja realizado plebiscito continua engavetado na Câmara dos Deputados. Parece até que, como defunto enjeitado, já foi enterrado sem lágrimas, sem nenhuma flor. Não poderia ser de outra forma, afinal, as conquistas exigem harmonia de forças, coordenadas por seguras, influentes e responsáveis lideranças. E, nesse caso, isso nunca existiu. Mas, não há nenhuma dúvida: nos palanques eleitorais do próximo ano, os candidatos aos parlamentos estadual e federal desfraldarão mais uma vez a bandeira da criação do Estado do Tapajós, prometendo lutar e até morrer se preciso for para tornar realidade esse sonho dos habitantes da região Oeste do Pará. Me engana que eu gosto!

www.ercioafonso.blogpost.com

sábado, 11 de julho de 2009

Campanha da moedada - Lúcio Flávio Pinto



Aqui vai a solidariedade do blog a Lúcio Flávio Pinto pela exdrúxula sentença desse senhor Raimundo Chagas Filho. Já vou depositar minhas moedas.Veja o texto retirado do blog do barata.

IMPRENSA – Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto
Parece ter decolado, mesmo, a Campanha da Moedada proposta por um internauta anônimo, neste blog. A campanha conclama todos aqueles solidários com o jornalista Lúcio Flávio Pinto a que façam depósitos de qualquer valor, mas sempre em moedas, até atingir os R$ 30 mil estipulados como multa pelo juiz Raimundo das Chagas Filho, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará, que condenou o editor do Jornal Pessoal por supostos danos morais aos irmãos Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, e Ronaldo Maiorana.
A Campanha da Moedada teve o endosso imediato das jornalistas Eva Maués e Luciane Fiúza de Mello, em seus blogs. O blog de Eva chama-se Debaixo da Chuva e o de Luciane, Simplesmente Lu.

É o seguinte o endereço eletrônico do blog de Eva Maués:

http://evamaues.blogspot.com/2009/07/campanha-da-moedada.html

Já o blog de Luciane Fiúza de Mello tem o seguinte endereço:

http://simplesmentelu.blogs.sapo.pt/73645.html
Postado por Augusto Barata às 02:17 13 comentários Links para esta postagem
IMPRENSA - A conta para depósitos de doações
Em comentário feito neste blog, internauta anônimo revela que o próprio Lúcio Flávio Pinto já disponibilizou, bem antes da sentença que o condenou, uma conta bancária para colaborações ao Jornal Pessoal, na qual poderiam ser feitas as doações para a Campanha da Moedada. A conta vem a ser a seguinte:

UNIBANCO (banco 409)
Conta: 201.512-0
Agência: 0208
CPF: 610.646.618-15

O internauta anônimo cita, a propósito da campanha, as manifestações de dois jornalistas:

Herbert Marcus – “Colaborar financeiramente com o Lúcio nesse momento é uma manifestação concreta de nossa indignação, além do voluntariado pela causa do jornalismo comprometido com a verdade e o interesse público , como ele nos lembra em sua página web.”

Ursula Vidal (para Lúcio Flávio Pinto) - "A campanha dos ‘10 centavos’ vai dar um tom bem humorado à essa indignação que é geral. Tens 1 milhão de amigos e não uma casta de puxa sacos ao teu redor. Esse ‘milhão’ é o teu maior capital.”

De resto, o mesmo internauta conclama o blog Flanar (blogflanar.blogspot.com) a aderir à Campanha da Moedada.

quinta-feira, 26 de março de 2009

I Seminário de Comunicação do Estado do Tapajós

Jornalista e professor, Manuel Dutra desembarca amanhã, 25, em Santarém.
Ele é um dos protagonistas do I Seminário de Comunicação do Estado do Tapajós, a ocorre de 8 às 18 de quinta-feira, 26, no hotel Amazônia Boulevard.
Será da lavra dele a palestra Os precedentes históricos da emancipação.
O radialista Santino Soares (A comunicação construindo do Estado do Tapajós), além do economista José Lima Pereira (Viabilidade econômica do Estado do Tapajós), são as outras duas estrelas do evento.

Postado no blog jesocarneiro.com.br, em 24/03/2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

Deputado Federal Lira Maia volta a defender divisão territorial

Lira Maia defende divisão territorial

O deputado federal Lira Maia (DEM-PA) defendeu ontem, da tribuna da Câmara, a divisão territorial do País para a criação de vários Estados, inclusive o do Tapajós, que teria Santarém como capital.
A idéia de promover uma redivisão do território brasileiro é antiga, destacou o deputado. Remonta ao ano de 1853, quando se propôs a divisão do império brasileiro em 40 províncias, dentre elas, a do Tapajós, tendo por objetivo garantir a soberania brasileira na Amazônia e, principalmente, impulsionar o desenvolvimento econômico, social e político do Norte do Brasil.
“Precisamos por um ponto final nesta discussão e acredito que esse final deva ser com a criação do nosso Estado do Tapajós”, defendeu o parlamentar. Dados consistentes, segundo Maia, demonstram que a viabilidade econômica do novo Estado é incontestável.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2007, disse o deputado, concluiu que a distribuição do PIB total e per capita ficaria concentrada no Estado do Pará e atingiria aproximadamente R$ 12,3 bilhões.
Quanto ao Estado do Carajás, cuja possibilidade de criação também foi considerada pelo estudo do IPEA, apresentaria, com base em dados de 2003, um PIB de cerca de R$ 6 bilhões. E o Estado de Tapajós apresentaria um PIB em torno de R$ 3 bilhões, no mesmo ano-base.
Ainda levando-se em conta o PIB per capita, e com base no período entre os anos de 2000 e 2003, demonstra o Ipea que, se os três Estados já tivessem sido desmembrados, Tapajós e Carajás apresentariam ótimo desempenho, decorrente de um crescimento anual do PIB per capita em torno de 7% e 5%, respectivamente, disse o deputado do DEM.
Uma vez consolidada a divisão territorial proposta, e ainda segundo o Ipea, entre os dez municípios com os maiores Índices de Desenvolvimento Humano, quatro passariam a pertencer ao novo Estado do Pará, três ficariam no Estado de Tapajós e outros três no Estado de Carajás, informou Maia. Os três melhores municípios, em termos de IDH, estariam situados no novo Estado do Pará.
“Os dados e as informações aqui apresentados demonstram a necessidade de lograrmos não só uma divisão mais eqüitativa do território paraense, como também de oferecer condições de vida mais justas e oportunidades de trabalho mais dignas para a população local”, concluiu o deputado.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Análise do trabalho do Ipea

sobre novos estados: o oeste do Pará



por Moacyr Mondardo Jr. (*)



Do texto para discussão que o IPEA publicou em dezembro/2008, extraímos os dados abaixo, referentes ao Pará, em contraposição com a região Norte e o Brasil.


PIB - bilhões Reais

POP Milhões Hab

ÁREA -Mil km2

Número de Mun.

Gastos Estaduais em 2005 - GET

% PIB

Dados





Bilhões Reais


Pará

39,15

6,971

1253,16

143

5,69

14,54

Região Norte

106,522

14,699

3869,54

449

20,02

18,79

Brasil

2147,239

184,184

8544,42

5564

273,53

12,74


PER CAPITA

Reais/Hab

817,00

1362,00

1485,00



Neste quadro nos chama atenção dois dados:

1º) o gasto estadual per capita do Pará de R$ 817,00/hab é bastante inferior a média da região norte e do Brasil. É 40% inferior a média da região Norte e 45% inferior a média Brasil.


2º) em relação ao PIB do próprio estado (14,54%) é inferior a média da região Norte (18,79%), mas é um pouco superior a média Brasil (12,74%).


Considerando os dados do trabalho, no quadro a seguir transcrevemos as informações quanto ao projeto considerado do Tapajós e Carajás. O trabalho deduziu uma fórmula para calcular o gasto do Estado em relação ao PIB - População, Área e Número de Municípios. Essa fórmula foi deduzida por regressão dos dados do conjunto dos estados brasileiros: GET = 0,83214 +0,07497 PIB + 0,56469 POP – 0,00022 Area – 0,00217 NM (a fórmula 4 do trabalho está publicada com sinal errado na última parcela, observar dados da regressão nas tabelas 3 e 4)

Nesta fórmula o GET (gasto estadual total) está em milhões de reais e relaciona-se ao ano de 2005.


Neste cálculo, está explícito que um Estado Novo custa no mínimo 832,14 milhões de reais de gastos estaduais.


Na tabela seguinte, recalculei os dados (apresentou uma pequena diferença quanto ao Carajás), e adicionei também a configuração em relação a esse trabalho do Tapajós + Xingu, composto por 25 municípios, englobando grande parte do oeste do Pará. Na minha opinião, teria ainda que ser discutido a agregação a esse conjunto dos municípios de Anapu, Senador José Porfírio, Pacajá, Gurupá e Porto de Moz.




Possibilidades de Estado no Pará

Parcela Fixa Fórmula

0,83214



PIB Bilhões Reais

POP Milhões Hab

ÁREA - Mil km2

Número de Municípios

Gastos Estaduais em 2005 - GET

% PIB

PER CAPITA

Coef Fórmula

0,07497

0,56469

-0,00022

-0,00217

Bilhões Reais


Reais/Hab

CARAJÁS

8,204

0,907

228,347

44

1,81

22,11%

1999,19

TAPAJOS

3,743

0,845

392,947

20

1,46

39,00%

1728,33

XINGU

0,972

0,268

325,193

5

0,97

100,24%

3633,21

TAP+XINGU

4,715

1,113

718,140

25

1,60

33,97%

1439,42


Por esta tabela verifica-se que o Xingu, composto por apenas 5 municípios, teria um gasto estadual estimado superior ao seu PIB em 2005, que é aonde o IPEA identifica a inviabilidade, juntamente com os projetos quanto a novos estados na região atual do estado do Amazonas.


Observemos, entretanto, que a configuração Tapajós + Xingu, com 25 municípios, teria um GET per capita de R$ 1.439,42, inferior a média Brasil (R$ 1.485,00)


Essa configuração implicaria que gasto estadual adicional? Poderia ser de uma forma simplificada essa média menos a média Pará multiplicada pelo número de seus habitantes (1439,42 – 817,00)* 1,1128 = 692,6 milhões de reais/ano.


Observo que essa configuração superaria algumas observações do estudo: esse estado teria população em 2005 superior a 1,1 milhão de habitantes (o estudo critica os estados com população inferior a 500 mil habitantes). O seu gasto estadual seria inferior a média Brasil, entretanto ainda teria um peso em relação ao PIB significativo (33,97%). Entretanto qual seria o efeito sobre esse próprio PIB de uma nova unidade federativa com gastos anuais de 1,6 bilhões?


Certamente esse PIB cresceria, além das expectativas atuais na região de novos investimentos. Observo que a carga tributária brasileira sobre o PIB, englobando aí União, Estados e Municípios esteve em 2007 em 34,97¨%., para termos um outro parâmetro de comparação (fonte: www.receita.fazenda.gov.br/Publico/estudotributarios/estatisticas/CTB2007.pdf).


Com estes números não parece tão díspar ou fora de propósito a criação do estado do Tapajós (com 25 ou até 29 municípios).


Que tal um desafio para tornar isso mais fácil: melhorar o gasto público pelos gestores dos municípios, que deverão ser os futuros gestores do novo estado? Que tal, como o Aldrin Hamad propôs: assumir a bandeira preservacionista, do desenvolvimento sustentável?


Uma pequena lista de desafios:

- Educação e Responsabilidade Fiscal. Qualidade no gasto público.

- Transparência: publicar na internet seus relatórios orçamentários, efetuar audiências públicas para discutir investimentos significativos, publicar suas licitações, todas as concessões de benefícios que fizerem (por exemplo bolsas de estudo), etc.

- Responsabilidade, Aperfeiçoamento e Valorização do servidor público, inclusive com melhor remuneração.

Outra pergunta: do orçamento de 10,8 bilhões do estado do Pará para 2009, quanto será dispendido nesta região, tanto em termos de custeio quanto investimento?


----------------------------------------


* Engenheiro, é delegado da Receita Federal em Santarém.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Mais um blog a favor de nossa luta!

UM NOVO ESTADO É PRECISO?

Essa semana, estarei com dificuldades de postar aqui no blog, por conta de uma atividade que estarei acompanhando apartir de amanha, na cidade de Guarulhos-SP, o 11° Conselho Nacional de Entidades Gerais da União Brasileira dos Estudantes Secundaritas UBES.
Hoje, quero de forma bem rápida, deixar recomendada a leitura do blog "Tapajós Já", um blog criado por um morador do OESTE do Pará, que é favorável a sua emancipação e a constituição dessa região como o mais novo estado da federação. Endereço: http://www.tapajosja.blogspot.com/
Nos vários posts no blog, o autor faz a defesa incansável de reparar uma grave injustiça com o povo da região do Rio Tapajós. Em um paragrafo ele afirma "Uma mentira de um século e meio, por exemplo, é a Santarém-Cuiabá, somente mais velha do que a idéia do Estado do Baixo Amazonas ou do Tapajós. Nos últimos 30 anos todos os presidente e candidatos a presidente, de Figueiredo a Lula, prometeram concluir a estrada, que só não é asfaltada em território paraense."
Na próxima semana, farei uma análise da minha visão sobre a criação do Estado do Tapajós e de outras propostas de emancipação na região norte. Baseado na experiência de Tocantins.
Postado por "O CURUMIN"

Posta em www.ocurumin.blogspot.com