Sempre que o projeto de emancipação do Sul do Pará dá um passo, retornam os mesmos discursos, com os mesmos tons, de onde se lêem os mesmos juízos.
Os que são contra, na falta de perspicácia para qualificar o debate pelo objeto, partem para cima do sujeito: políticos interesseiros, que manipulam massas ingênuas vendendo a ilusão de dias melhores no pior dos mundos, são os que advogam a divisão.
Os que são a favor, acham que, de fato, vivem no pior dos mundos e que precisam se emancipar, fazendo disto o purgatório do relento a que se julgam condenados pela imensidão do território paraense, e pela pouca habilidade geopolítica historicamente aplicada a este território.
Como isto virou a crônica da repetição, não posso deixar de me repetir, ao rogar que não deve ser este o núcleo do debate.
Quando colocamos o sujeito no lugar do objeto, temos a semântica do ódio e do ressentimento a abaçanar o conteúdo.
Se insistirmos na lógica reducionista de que a divisão do Pará não passa de contenda entre os bons, os maus, os feios e os bonitos, a coisa vai se resumir a uma reles campanha eleitoral de baixo nível, como, aliás, têm sido feitas as campanhas aqui e alhures, inclusive nas academias.
Eu tenho certeza de que podemos fazer melhor do que bater boca em cima de tamboretes.
www.parsifal.org
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