quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Giovanni Queiroz defende a revisão territorial do Pará



Imagem vazia padrãoO sul do Pará poderia se transformar em um grande e desenvolvido estado brasileiro

O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) defendeu a revisão geopolítica do Pará, com a destinação dos mais de um milhão de quilômetros quadrados que correspondem a 26% da Amazônia Legal para a criação dos estados de Carajás (fatiando a parte sul e sudeste do território) e do Tapajós (na parte oeste e sudoeste). Na avaliação do deputado, a divisão trará inúmeras vantagens para o estado, como ocorreu com Goiás, quando foi criado o Tocantins. "Com a divisão e a criação do estado do Tocantins, o território goiano deu um salto de qualidade no seu crescimento econômico e social", ressaltou. Ele lembrou ainda que, com a iniciativa, foram resgatadas dívidas sociais de muitos anos debitadas naquela região por uma concentração de investimentos mais ao sul do estado. "Tocantins é hoje um modelo efetivo de desenvolvimento para todo o Brasil", destacou.
O sul do Pará, disse Queiroz, com seu solo rico em minerais, clima ameno e pecuária forte e consolidada se transformaria em um grande e desenvolvido estado brasileiro. Ele afirmou que a redivisão é uma estratégia nacional de desenvolvimento e segurança e ressaltou como ponto positivo a presença efetiva de um governo na região para a consolidação de políticas públicas em infra-estrutura de transportes, energia elétrica, comunicação, saúde e educa&c cedil;ão. Na opinião do parlamentar, a divisão poderá, ainda, trazer desenvolvimento para regiões hoje isoladas em razão da grande distância.
Saúde - Giovanni Queiroz informou que esteve em 72 municípios paraenses durante a campanha eleitoral visitando as comunidades da região, onde disse ter constatado completa falta de assistência social. "Não há médicos e enfermeiros para atender as necessidades básicas da população que vive no interior", afirmou, alertando que essa situação não pode continuar. Um País tão rico, disse, não pode conviver com essa "desgraça" vivida por milhares de brasileiros no interior da Amazônia. Queiroz alertou ainda para a falta de moradia, saneamento básico e educação na região. Para exemplificar a real situação em que se encontram os municípios do Pará, ele informou que Marabá, a principal cidade do eixo sul-sudeste do estado, possui apenas 16 mil residências com água encanada. Ainda segundo o deputado, 30% dos alunos de Marabá que terminam o ensino fundamental não conseguem vaga no ensino médio. "A terceira cidade mais importante do Pará não dispõe de vagas para o ensino médio. Isso é crime", definiu.

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